segunda-feira, 19 de abril de 2010

No duelo das duplas de ataque, gringos levam a melhor sobre o Império do Amor

Em jogo marcado pela grande quantidade de cartões e pênaltis marcados, os atacantes de Flamengo e Botafogo quase foram ofuscados pelo árbitro Gutemberg de Paula Fonseca. Mesmo com tudo isso, os gringos alvinegros fizeram a diferença. O argentino Herrera e o uruguaio El Loco foram eficientes nas cobranças e fizeram os dois gols alvinegros. Vagner Love deixou o dele e terminou o campeonato como artilheiro, com 15 gols. Mas Adriano perdeu o pênalti que daria o empate aos rubro-negros. No fim das contas, a eficiência dos estrangeiros deu o título do Carioca ao Botafogo.

No primeiro tempo, os dois times procuraram deixar sempre três defensores para marcar os atacantes. Do lado do Botafogo, Fahel, Fábio Ferreira e Antônio Carlos ficaram na cola de Adriano e Love. Leandro Guerreiro também ajudou na marcação. Do lado do Flamengo, Maldonado, David e Ronaldo Angelim foram os responsáveis por marcar El Loco e Herrera. Durante esta etapa houve um desenho tático parecido entre os atacantes. Adriano e El Loco ficaram bem fixos na área, como referência. Além disso, também sempre voltavam para a judar a marcação em cruzamentos ou escanteios. Enquanto isso, Love e Herrera se movimentavam mais pelos lados do campo e até mesmo recuavam até o meio para construir as jogadas.
Os dois não ajudavam na marcação das bolas paradas porque ficavam sempre como opções para os contra-ataques. A principal diferença entre as duplas no primeiro tempo foi no tipo de gol marcado pelos times. No caso alvinegro, o argentino abriu o placar de pênalti. Já o Artilheiro do Amor foi mais oportunista e só teve o trabalho de escorar a bola para empatar o jogo. Uma outra situação que chamou a atenção foi a falta de ritmo de Adriano, que desfalcou o Flamengo nos últimos três jogos.

No segundo tempo, os dois times voltaram do mesmo jeito. Só Adriano que voltou com chuteiras diferentes e passou a sair um pouco mais da área para revezar com Love, que ficava mais fixo entre os zagueiros. No Botafogo, Herrera continuou se esforçando como sempre enquanto El Loco esperava as bolas altas na área. Só que os cruzamentos nunca chegavam com perfeição. Mas nesta etapa, as marcações do árbitro fizeram mais diferença do que qualquer jogada individual dos atacantes. Os pênaltis marcados por ele foram contestados, mas a eficiência que prevaleceu. El Loco converteu a cobrança alvinegra, mas Adriano desperdiçou a sua. Foi justamente no pênalti a favor do Flamengo que Herrera perdeu a cabeça e foi expulso. Com a expulsão do argentino, El Loco passou a ficar mais isolado ainda entre os zagueiros, mas dessa vez com Caio e Edno como seus parceiros. Tanto o uruguaio quanto os membros do Império do Amor se esforçaram muito ao fim do jogo e deram claros sinais de cansaço. A esta altura o desespero deu lugar a qualquer situação tática. O que acabou prevalencendo foi a eficiência extrangeira.

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